Como uma Gestão Financeira bem estruturada pode mudar o jogo e fazer sua empresa se desenvolver
O setor financeiro é o pulmão da empresa. Como todos os setores necessitam de certos recursos para operar de maneira saudável e um dos recursos mais importantes é o dinheiro, a dinâmica do setor financeiro afeta toda a empresa. Alguma vez você não sabia se tinha dinheiro para pagar alguma conta? Não sabia que tinha contas a serem pagas ou, ainda, não tinha ideia de quanto poderia gastar no próximo mês? Então esse artigo sobre Gestão Financeira é para você!
Nós trouxemos aqui 5 dicas valiosas que vão te mostrar, de uma vez por todas, o por que apostar em uma Gestão Financeira eficiente pode ser decisivo para seu empreendimento. Então vamos a elas:
1. Organize suas contas
Manter as contas organizadas é de suma importância. Saber quantas contas a serem pagas e a serem recebidas existem, suas respectivas datas de vencimento e seus valores é essencial. Sem esse controle, há o risco de inadimplência, tanto por sua parte quanto pela parte de seus clientes. Caso você atrase uma conta de sua empresa, os juros e encargos devidos atrapalham em todo o planejamento monetário.
Por parte de seus clientes, não receber o dinheiro na data certa atrasa o fluxo de recursos para outras áreas do empreendimento e este não funcionará corretamente.
2. Evite a Confusão Patrimonial
Muitas vezes, empresários confundem as contas pessoais com as contas da empresa. Essa mistura não pode ocorrer, pois interfere diretamente na mensuração do fluxo de caixa e acaba com a noção financeira do empreendimento.
Nesse mesmo sentido, é muito importante também definir seu pró-labore e de seus sócios. Pró-labore é a remuneração justa que você, administrador, recebe “pelo trabalho” (em tradução literal da expressão derivada do latim) realizado em sua empresa, sendo inclusive obrigatório de acordo com o art. 12 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991. Ter essa remuneração definida é essencial, pois evita gastos descontrolados e torna o fluxo, desenvolvimento e o crescimento da empresa cada vez melhor.
3. Precifique de forma assertiva
Outro erro comum é não precificar corretamente seus produtos e vender ou a preços altos demais ou baixos demais. Definir uma margem de lucro dentro desses preços e considerar os custos, comparando com a média da concorrência é um bom começo para vender seus produtos a um preço correto.
É importante entender que o custo que seu produto tem não está relacionado apenas ao valor de compra com o fornecedor. Impostos, armazenamento, tempo, transporte, manutenção e outros diversos fatores devem ser levados em consideração na hora de calcular esse custo.
Tenha esses valores bem definidos e então calcule a margem de lucro que você poderá obter a cada venda. Atente-se para não inflar o valor final, distribuindo custos exagerados. Se, por um lado, vender seu produto com a margem de lucro abaixo do necessário pode prejudicar seu empreendimento, um preço final muito acima do encontrado no mercado também é prejudicial, pois tende a afastar os consumidores. Portanto, neste ponto, equilíbrio é a palavra-chave.
4. Tenha um Fluxo de Caixa estabelecido
Muitas vezes, os administradores não tem noção alguma sobre quanto esperam receber e/ou pagar nos próximos meses. Esse problema comum afeta todo o planejamento futuro do empreendimento. A falta de um histórico sobre todas as contas da empresa afeta de forma drástica a noção de previsibilidade do empreendedor.
Uma das ferramentas utilizadas nessa situação é o Fluxo de Caixa, que é caracterizado pela construção de um histórico do fluxo de recebimentos e pagamentos efetuados pela empresa, de modo que haja, em cada mês, uma especificação sobre quanto foi recebido, quanto foi pago e quanto cada conta contribuiu para o resultado final.
Com base neste histórico, é possível elaborar uma projeção para os próximos meses da empresa, justamente para auxiliar na tomada de decisão e no planejamento futuro do empreendedor.
Outra ferramenta também utilizada é a DRE (Demonstração de Resultado do Exercício).
Aqui, estarão discriminados todos os custos e todas as despesas do negócio, dentro de certo intervalo de tempo. De forma que seja possível saber o peso de cada gasto dentro da receita e aferir quanto lucro de fato foi obtido no período em questão.
5. Faça uma reserva de emergência
Nunca se sabe quando algum equipamento irá necessitar de manutenção ou até mesmo ser substituído, quando algum cliente se tornará inadimplente ou quando algum infortúnio pode acontecer, como, por exemplo, algum acidente de trabalho. Portanto, é necessário estar preparado para arcar com os custos e despesas que certos eventos incomuns trazem à empresa.
Uma das formas de se lidar com isso é a chamada reserva de emergência, a ideia é utilizar uma parte do lucro obtido e aplicá-lo em algum investimento de baixo risco e alta liquidez, de modo que o dinheiro não fique parado e renda juros.
Normalmente, 30% do lucro obtido já é suficiente para manter uma reserva de emergência que dê conta dos eventos extraordinários que podem ocorrer, mas essa porcentagem pode variar de acordo com o modelo de negócio e com o perfil do empreendedor.
O importante é manter uma certa reserva para ter condições de arcar com os custos das situações atípicas. Quando não há esse cuidado, o empreendimento fica à mercê desses eventos, de forma que a dinâmica pode ser afetada e a atividade-fim da empresa fique prejudicada e o resultado também.
Uma gestão financeira bem estruturada e aplicada é essencial a qualquer empreendimento! Criar um fluxo de caixa e vender pelo melhor preço possível é importantíssimo para manter a empresa financeiramente saudável.
Também é interessante perceber que neste artigo foi abordado o básico, porém, são ferramentas e conceitos que são muito utilizados todos os dias em várias empresas pelo mundo.
É importante destacar que reorganizar o financeiro de uma empresa pode ser um processo trabalhoso, mas que é essencial para quem visa desenvolver-se e, nós, da CJA, estamos a postos para te auxiliar nesse processo! Juntos, podemos fazer o jogo virar e sua empresa crescer.
